Não é de hoje que a moda flerta com a arquitetura, lembra do vintage e color blocking? Também vieram das passarelas! Em meados dos anos 90 o surgimento do comércio virtual (através da internet) trouxe com ele a democratização de roupas de grifes internacionais. Os looks passaram a ser montados com peças de grife, mais caras (high), aliadas às de preço baixo (low). O high-low não demorou a migrar para o universo da decoração com sucesso.

Projeto de Marina e Fernanda Dubal. Foto: Gustavo Xavier/Divulgação

Projeto de Marina e Fernanda Dubal. Foto: Gustavo Xavier/Divulgação

O objetivo é simples: misturar itens de preços distintos, em harmonia. O resultado é um ambiente descolado e cheio de personalidade. O high-low virou uma opção viável e de bom gosto para deixar a casa mais despojada e criativa, basta paciência para garimpar os produtos low. 

High são peças sofisticadas, de design assinado, obras de arte ou com algum valor notável. Itens que por si só já dão uma assinatura diferenciada ao espaço. Low são itens comuns e acessíveis, objetos do dia a dia, que quando estão isoladas não costumam mostrar todo seu potencial. Porém quando combinadas com outras de maior valor trazem charme, personalidade e um clima irreverente.

Um dos motivos desse estilo ter se tornado queridinho é por apostar na beleza do diferente, presente nesse contraste super interessante. Criando um ambiente harmonioso com peças de épocas, materiais, origens e histórias completamente diferentes: quanto mais misturado, mais rico.

Ter um acompanhamento profissional vai fazer com que você não corra riscos: um erro nessa harmonização pode acabar com o ambiente, existe uma linha tênue entre o irreverente e o cafona haha =P É preciso achar um ponto em comum entre os objetos: o tipo de material ou cor podem ser um ponto de partida. Por falar nisso, as peças low precisam de uma atenção a mais, não podem ser mal acabadas, pois estará ao lado de um móvel bacanérrimo, uma característica desse tipo pode desvalorizar as duas peças.

As peças do perfil low podem ser itens artesanais ou do tipo faça-você-mesmo, ou ainda garimpadas em feirinhas, antiquários, ferro-velho e brechós. O desafio está em enxergar beleza e potencial nas peças do cotidiano, em itens menos óbvios.

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Fonte: Design Culture // Minha Casa Minha Cara // Portal Tudo Aqui // Mema Arquitetura

Arquiteta, Designer, mineira no exílio e a maior fã de bricolagens. Derrete toda por fotos de gatíneos, coleciona prints de instagram e registra suas aventuras no @jubhn.